História e Cultura
Descrição
A região entre Douro e Minho, uma das mais antigas regiões de Portugal, possui um clima relativamente frio, com grande precipitação no Inverno e temperatura moderada no Verão. Caracteriza-se por uma forte criação de gado e actividade piscatória, esta última devido à influência do rio Tâmega.
Dentro desta área temos a cidade de Marco de Canaveses, onde predomina oartesanato com características muito próprias e que será interessante referir. Assim é usual, nesta região, o trabalho dos linhos, bordados e rendas, a confecção de mantas em “trapos e farrapos”, não esquecendo a tanoaria, os canteiros em granito de Alpendurada e Várzea do Douro e os trabalhos do cobre de Paredes de Viadores. Os teares manuais serviam para tecer as mantas de “trapos” e ainda para tecerem o bragal com o linho que as mulheres fiavam. A indústria das Folhelheiras, que é o trabalhar o folhelho, provindo da espiga de milho, para elaborar colchões que tinham sucesso nas vendas da época, é também uma grande fonte de cultura e património. A indústria de cariz marcadamente caseiro e familiar, que representa uma das expressões do artesanato marcoense, é a dos chapéus de palha, possível de se encontrar circunscrita a duas freguesias: Maureles e Vila Boa de Quires.
O folclore é das mais fortes componentes tradicionais do concelho. Os instrumentos musicais característicos são o cavaquinho, a viola breaguesa e ramaldeira, a concertina, o bombo, os ferrinhos e os guizos.
A Gastronomia do concelho caracteriza-se pela sua riqueza e diversidade, destacando-se o cabrito com arroz no forno, o anho assado e a lampreia. No domínio da doçaria tradicional, salienta-se o Pão de Ló, as Cavacas de Freixo e de Favaios e os Biscoitos da Duriense.
Pode-se ainda mencionar a conhecida relação desta população com as “superstições”, reflexo de uma sociedade tradicional, até porque o facto supersticioso no Marco de Canaveses está de certa forma implantado nesta cidade.
Salienta-se, também, que esta região é bastante rica no que concerne ao seu património cultural, histórico e humano – social.
O Concelho de Marco de Canaveses, está dividido em 31 freguesias, sendo Vila Boa do Bispo, uma das maiores em termos de dimensão, cultura e história. Esta tem duas romarias muito importantes, sendo elas, a 15 de Agosto, em nome da “Santa Maria de Vila Boa do Bispo”, e na segunda quinzena de Outubro, em invocação a Nossa Senhora da Encarnação.
Relativamente à gastronomia, o prato típico é o “anho assado em forno a lenha”, tal como no concelho.
Para além destes aspectos é conveniente atentarmos nos locais de lazer, como a praia fluvial de Merejeiro e Fasteilá, com parque de merendas e ainda o monte de Santo António, também aqui como na maioria das nossas freguesias a população convive muito com o desporto, na Associação Cultural e Desportiva da Casa do Povo e o Núcleo Desportivo e Recreativo Vilaboense.
Vila Boa do Bispo é muito rica em relação ao artesanato, até porque aqui se criam várias miniaturas em madeira e pratica-se a tecelagem em grande número.
Heráldica
- Escudo Azul:
- Coroa mural de prata de três torres;
- Listel branco, com legenda a negro: “Vila Boa do Bispo”;
- Báculo abacial, posto em pala e carregado de uma mitra, tudo em ouro, que representam o topónimo principal da freguesia de D. Afonso Henriques e ao Bispo D. Sisnando;
- Cachos de uvas e espigas de milho – no primeiro e segundo cantão, um cacho de uvas de púrpura, folhado de prata, que representam a agricultura, presente nesta freguesia desde tempos imemoriais;
- Burelas ondadas – campanha ondada de prata e azul, de três tiras, que representam o rio Tâmega.